Ouriços do mar (1)

Simples e saborosa

Ainda o Outono corre nos nossos dias, mas faz frio como se estivéssemos em pleno Inverno. E o estômago pede mais mimos, que podem ser doces. E a natureza responde, com o despontar quase espontâneo, de uma diversidade de coisas simples e boas, que tanto nos agradam e que procuramos aproveitar da melhor maneira. É o caso da doçaria tradicional, feita em casa a partir daquilo que a terra nos dá, bem longe do processo técnico industrial.
Falemos da bem simples e tão conhecida marmelada, obtida a partir de confecção de marmelos em calda de açúcar. Pode ser, clara, escura ou em geleia. Tudo depende da forma como é elaborada, havendo propostas variadas para cada uma das maneiras. Esta, feita por nós no correr do mês de Outubro, é da escura. Na memória dos mais velhos ficou a abundância nas suas casas deste doce, que se ia consumindo ao longo do ano e era também oferecido aos vizinhos e amigos. Continuemos então, na senda dessa doce tradição. Prove-a na companhia, por exemplo, de um Porto, moscatel ou de outra companhia que achar por bem...

Há sempre um Gomes de Sá que espera por si

  Referência na cozinha de Portugal e com uma longa história de identidade com os portugueses, não fossemos nós quem  iniciou o consumo de bacalhau seco. A isto estarão ligados, entre outros,  factores de índole religioso e sócio-económico e que viriam a ser ponto de partida para um sucesso comercial, ao qual obviamente também está ligada a cozinha nacional, cujos primeiros registos escritos de receituário, remontam ao século XVIII.

 Desde então uma diversidade evidente de maneiras para cozinhar o gadídeo tem surgido, ultimamente acentuada pelo facto de vivermos numa sociedade com facilidade de informação, abertura e troca de experiências. Uns, seguidores de um carácter mais universal da cozinha, adaptam as suas propostas a esse perfil. Outros continuam pela linha mais tradicionalista, continuando a apostar na substancialidade do peixe e adjuntos na travessa. E  há quem tenha como base a tradição e os sabores e adapte as propostas aos dias de hoje. Tentamos ser assim. Aqui lhe deixamos uma variação de um Gomes de Sá, convictos de que se estivesse vivo, o autor nos perdoaria a pretensa nominação, tal foi a aceitação daqueles que o provaram.

Meia-lua de carne de bovino

A Lua (dizem os ingleses),

É feita de queijo verde.

Por mais que pense mil vezes

Sempre uma ideia se perde. 

E era essa, era, era essa,

Que haveria de salvar

Minha alma da dor da pressa

De... não sei se é desejar. 

Sim, todos os meus desejos

São de estar sentir pensando...

A Lua (dizem os ingleses)

É azul de quando em quando.

    Fernando Pessoa












                                                                                                                                                                                

Pêra com queijo azul e nozes

 Aproveitando a magnífica qualidade da pêra rocha, também produzida em terras do Minho, apresentamos no nosso menu deste fim de semana este fruto, trabalhado do seguinte modo:

 com a pêra a indiciar maturidade ideal, não só pelo aspeto exterior, mas também por sua polpa branca, doce e suculenta, foi  cozinhada em redução de vinagre de vinho generoso ( que coração de igual qualificativo nos fez chegar) e açúcar não refinado. Já no empratamento, compôs-se a parceria, com queijo azul e nozes, atingindo assim a sua plenitude de contraste entre o doce e amargo. 

Vens almoçar?

 Fruto de diversos contextos, que para o caso pouco interessa, ao longo de determinado tempo, incidimos a nossa prestação semanal sobre o jantar, não podendo deste modo, por vezes, satisfazer alguns pedidos de reserva para a hora do almoço. A partir de 1 de Outubro, retomamos o horário que já em tempos praticamos,  podendo assim contentar aqueles que pretendem almoçar durante a semana.

Os vinhos de Anselmo Mendes no Bocados

                                     

 

































 Na Revista de Vinhos deste mês voltamos a a ser notícia, a propósito da apresentação dos novas colheitas e vinho do consagrado produtor e enólogo Anselmo Mendes.
 Num texto, assinado pelo seu diretor Luís Ramos Lopes e pelo crítico Luís Antunes, estes dão a conhecer aos seus leitores as novas propostas do produtor e a sua bela aliança com algumas das iguarias provadas (desculpe lá, ó Bento dos Santos..mas não arranjei outra melhor...) . Não só, mas também por isso, os grandes vinhos de Anselmo Mendes estão desde sempre na nossa carta. Pode-os desfrutar da maneira que lhe der mais ganas. Ou então, se desejar ainda os pode adquirir na nossa loja a preço de garrafeira. Enviamos para todo o país e estrangeiro através da nossa loja de vinhos.

Espetada de mexilhão

Várias são as maneiras em que apresentamos este bivalve, tão popular na costa norte de Portugal. Aqui  numa versão de espetada, com sumo de limão do Minho e vinagre de Porto. Podiam ter ido à grelha, mas não foram.Preferimos dar-lhes o vapor das algas na sua cozedura. Bom proveito. 

Empada cremosa de bacalhau

Apesar da ameaça que paira, por ordem imperial de Bruxelas, no processo de cura e salga e consequentemente no paladar do bacalhau, vamos ainda aproveitando os dias que nos restam, antes da pena assassina do burocrata legislador ponha termo, ao sabor do gadídeo.

 Emblemática espécie ligada à cozinha portuguesa é também delícia e perdição na boca de brasileiros e galegos, que refeiçoando em terras lusas, logo convocam para as suas mesas o fiel amigo.

Dada a particularidade do serviço do nosso restaurante e o tempo de calor que se sente, variamos aqui numa empada cremosa de bacalhau. Um mimo para a boca.

caldeirada de congro

 Sendo um dos peixes favoritos dos pescadores desportivos, devido à generosidade do mar no Atlântico noroeste e do seu imponente porte, o congro é, também por isso, uma das espécies mais utilizadas pelas comunidades piscatórias na criação de suas caldeiradas tão comuns a nós portugueses e aos nossos irmãos galegos.

Tendo como farol para a sua pesca - no dizer dos pescadores - a noite, o virar das marés e as luas nova e quarto crescente, procuramos sempre as fêmeas, exemplares de maior porte.

 Às hortas locais fomos buscar companhia, donde sobressaem entre a calda resultante dos sucos da cozedura, o vermelho dos pimentos e tomates, os tons alourados da cebola. Para coroar tudo isto, havia que dar louros ao loureiro (não estivéssemos nós na terra-mãe da casta) e se acompanhou na elaboração do prato, sublime companhia o foi, na degustação do mesmo.

restaurante bocados: Vieiras recheadas

restaurante bocados: Vieiras recheadas:  Hoje, dia de Santiago o padroeiro da Galiza, lembrou-nos de trazer aqui uma das iguarias, que nestes tempos mais quentes, de vez e...

Vieiras recheadas

 Hoje, dia de Santiago o padroeiro da Galiza, lembrou-nos de trazer aqui uma das iguarias, que nestes tempos mais quentes, de vez em quando, a servimos. Trata-se de vieiras recheadas, aqui à boa maneira minhota, inspirados no património de recolha que o bom amigo e saudoso etnógrafo vianense Amadeu Costa, nos presenteou. 

 Recreando sem desvirtuar a origem e seus paladares, contra a globalização dos sabores, cobrimos o bivalve com o manto dourado da broa de milho. Que lhes saiba bem - é assim que nós costumamos dizer, aqui no Minho. 

notas do menu

Pegar nas memórias da cozinha que se fazia em casa e dar-lhe um pequeno tempero criativo,  tem sempre um carácter lúdico para quem cozinha e que com seus mimos, tenta que sejam do agrado de quem se prazenteia com a boa mesa.

 Aqui fica o registo de uns croquetes de presunto, envoltos no mesmo  e emparceirados por uns saborosos pimentos vermelhos. Um bocado deste fim semana.

A crítica gastronómica ao nosso restaurante na blogosfera espanhola

A importância da apreciação gastronómica dos bloggers, assume um relevo cada vez maior na vizinha Espanha. Daí os vários encontros anuais entre bloggers gastronómicos, onde se evidencia  e discute o reflexo da opinião destes críticos nas escolhas de mesas por terceiros  Aqui fica a crítica para o nosso restaurante em http://galiciagastronomia.blogspot.pt/2013/06/pequenos-bocados-para-unha-gran-comida.html,

ANSELMO MENDES apresentou os seus vinhos no Bocados

 Sexta feira, no nosso restaurante, o prestigiado enólogo e produtor Anselmo Mendes, deu  a conhecer à crítica especializada, as novas colheitas dos seus vinhos das zonas dos vales do Minho e Lima e ainda uma nova referência, um tinto provado em amostra de casco, feito com predominância das castas Vinhão, Borraçal, Alvarelhão, Cainho. As uvas são provenientes das zonas melgacense e limarense e a sua designação é de Pardusco. Um tinto leve e fresco, que pode ser uma boa alternativa ao rosé,  para os dias quentes que se aproximam.

 O evento constou da apresentação e prova das várias referências do produtor nestas regiões, Muros Antigos vinho verde 2012 (alvarinho e loureiro); Muros Antigos (loureiro) e (alvarinho); Contacto (alvarinho) 2012; Curtimenta 2011 e 2012; Parcela Única 2011 e 2012 (esta última colheita, em amostra de casco) e o já referido Pardusco.

Os vinhos do jantar foram Parcela Única 2011 acompanhou queijos de cabra e vaca envoltos em massa quebrada. O salmão fumado com salada fresca alinhou com Curtimenta 2009. Para os espargos bravos com presunto de Ponte de Lima, escolheu-se um Contacto 2008. O Muros de Melgaço 2009 alinhou com cogumelos assados no forno com toucinho fumado. A empada de pintada  foi servida com Muros Antigos 2005. E a carne de novilho de raça minhota, com batatas novas assadas no forno aliou-se bem com um Parcela Única 2009. Mas também para esta carne, foi servido e apresentado por o enólogo, um novo vinho o Anselmo Mendes. Edição restrita, foram engarrafadas duzentas garrafas. Este vinho constitui o arquétipo de vinho alvarinho para o famoso produtor. Uma preciosidade.

A copo e com prazer

Em mudança de estação, nada melhor que uma boa sugestão de vinhos que tão bem se enquadram neste ciclo de tempo.Estas foram as sugestões da semana. Puderam ser bebidos a copo, a fim de proporcionar a oportunidade de conhecer as várias propostas  e emparceirar na degustação dos nossos bocados.

Bocados no TOP 10 Norte - serviço vinhos

 O conceituado crítico de vinhos e enólogo, Aníbal Coutinho voltou este ano, a colocar o 

Bocados no TOP dos dez melhores restaurantes de rua no litoral norte de Portugal, com 

melhor serviço de vinhos.

 É mais um reconhecimento, num tempo em que a escolha de  referências para a cave, exige cada vez mais rigor em termos de qualidade, quantidade e preço.

 Aníbal Coutinho, além de inúmeras obras publicadas ligadas à cultura do vinho, mantém 

colaboração assídua em diversas publicações nacionais e internacionais.No seu site pessoal, 

mantém  uma dinâmica informativa sobre o mundo do vinho, onde semanalmente propõe aos leitores uma selecção dos melhores W-Spots ligados à cultura do vinho de norte a sul do país.

 No intuito de alargar a oferta de vinhos de referência, informamos que, todos os vinhos da nossa cave estão ao dispor do público na Loja BO, situada na Rua Ferreira Carmo (zona das escolas) em Ponte de Lima. Aí poderá adquirir a preços de loja, toda a gama de vinhos que servimos no nosso restaurante, além de outras ofertas ainda mais consonantes para 

determinado perfil de consumo diário.Também enviamos para todo país e estrangeiro.

Aviso

Informamos todos os amigos desta casa, que o nosso restaurante não participa numa iniciativa local, designada Feira do Sarrabulho, como, ao que nos dizem, vem referenciado em  determinada publicação.

Apenas incluímos a sobremesa no Menu Bocados

As nossa desculpas pelo facto, ao qual somos alheios.

Restaurante Bocados

Dia dos namorados no Bocados

Para o jantar de 14 de Fevereiro, vamos apresentar como sempre, um menu bocados surpresa, condizente com a data. Se desejar fazer o seu jantar de namorados, pode efetuar a reserva como de costume. O preço é o habitual do Menu Bocados.

Tempo da lampreia

Ela aí está, na sua época, a saltar dos rios para a mesa. Terminantemente inconciliável, até nas posições dos apreciadores da boa comida, colocando-os, sem o sempre provável, quanto prazenteiro, consenso comensal, Mas as legiões de apreciadores, que percorrem largas centenas de quilómetros para apreciarem o célebre ciclóstomo, dizem presente! Também aqui  não existe consenso quanto à relação, entre a  geografia da sua proveniência e os seus mimos ao palato.

O que efectivamente conta é a sua qualidade e a forma como é trabalhada para chegar à mesa. Fazemos gosto nisso.