domingo, 14 de outubro de 2012

Tempo de Vindimas

Já lá diz o povo que, até ao lavar dos cestos é vindima. Outubro dentro, as vindimas prosseguem em terras do Minho. Berço do loureiro e alvarinho, duas castas que parecem ter destinos diferentes. O loureiro com grande potencial de crescimento em termos de mercado externo, devido à sua frescura,leveza e à introdução de novas técnicas de enologia e que muito têm beneficiado a casta. Por outro lado, o alvarinho a lutar contra “o roubo” da casta para territórios bem diferentes do da sua origem, mas que, em nossa opinião, jamais farão esquecer a inigualável boca, daquele que provém do território da raia minhota. No campo dos tintos, progressos significativos tem-se verificado, com redução significativa da acidez no vinho. Uma das castas que nos últimos tempos tem atingido grande notoriedade é o vinhão, apontado como parceiro ideal para algumas referências da comida autóctone. Mas não só. Uma das referências mundiais na crítica dos vinhos, Jancis Robinson, considerou ainda não há muito tempo, um vinhão de perfil diferente do tradicional, produzido nos concelhos de Arcos de Valdevez e Ponte de Lima como a das suas escolhas. O que pasme-se, levou aos reparos, de alguns pretensos escribas nacionais sobre a matéria, que logo trataram de dizer que não, que era um absurdo tal vinho ser um dos eleitos. >

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

É sempre bom agarrar o Verão. Mesmo que o calendário, já não o mostre, a natureza dá sinais que ainda o tempo vai no Verão prazenteiro, pedindo um estilo gastronómico desprendido e mais leve. Daí advêm coisas tão simples e tão do nosso agrado, mesmo que a sua origem não seja em solo pátrio, mas mão menos saborosas e muito do agrado do palato luso. Aqui fica então, uma tortilha feita com batata da terra de Límia, ovos de galinha do campo, molho de aguardente velha de vinho verde, pimentas e ainda o presunto de boa estirpe e o pequeno tomate cereja, assentes em fatia de pão rústico. Um bocado para saborear nestes dias.