sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

No coração do Minho, desbancando Paris, Berlim ou Bruxelas


O Natal celebra-se nos países de inspiração cristã, mas alargando-se a muitos outros, que não o sendo, abraçam a data para também a comemorarem. Terá muito a ver com o evoluir das sociedades e com intrínseca e sempre presente faceta consumista, tornando esta época como uma das mais apetecíveis para o mundo comercial

Mas há costumes e tradições alusivos à época, que ainda se mantêm por muitos sítios do mundo. Outros foram evoluindo de acordo com os dias que se vivem. Desde os acordes da música natalina, a troca de cartões e presentes, passando por festas, multipresépios, milhões de pequenas luzes piscando nas casas e ruas, florestas de árvores de Natal, até à refeição especial com diversos grupos de amigos. Assim é todos os anos. Este, não foi diferente. Grupos profissionais, de amigos, de familiares comemoraram também esta época festiva no nosso restaurante. A todos eles que tivemos ocasião de manifestar-lhes pessoalmente o desejo de festas felizes, mais uma vez o nosso obrigado. A todos os outros que nos visitam, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, deixamos-lhes aqui, os nossos votos de um Natal à sua altura. Podem tirar muito às pessoas, mas ainda não conseguiram roubar o prazer de conviver e partilhar sabores à boa mesa do Minho. Podem vir as ordens donde vierem, mas por cá nos ficamos com o nosso grande Ramalho Ortigão e a sempre tão atual, como possivelmente metafórica citação "...há um só banquete que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca inteiramente: é a ceia de véspera de Natal nas nossas terras do Minho..." Ramalho Ortigão


sábado, 12 de novembro de 2011

Castanhas e tradição


Na história da alimentação o seu uso é referenciado pelos também agora badalados gregos e romanos, que as utilizavam em banquetes. Estes povos do sul da Europa conservavam a castanha em talhas cerâmicas às quais adicionavam mel silvestre, fazendo uma deliciosa conserva, que lhes permitia não estarem sujeitos à sua utilização só na época da colheita. Foram os romanos que a trouxeram para Portugal. A sua utilização nas receitas conventuais da Idade Média, diz do seu protagonismo gastronómico, que prevalece até aos dias de hoje. Associada ao ritual do S.Martinho é consumida por esta altura em todo o Portugal. Esta semana também foi um dos ingredientes trabalhados por nós. Nos saborosos rojões limianos, acompanhando pombos bravos, ou numa versão de um espesso puré marrom parceiro de uma suculenta vitela minhota assada na lenha. No seu lado doceiro criaram-se o napoleónico marron glacé e um conventual pudim de castanhas. A doçaria foi escoltada, com duas superiores versões experimentais de jeropiga: a duriense da Quinta da Estrada ( José Lacerda) e de terras do alvarinho, dos manos Pinheiro ( Quinta de Alderiz). Dois mimos, do melhor que até hoje se provou.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Caldeirada de papa-lagosta


Conhecido por pampo, peixe-porco, ou aqui na zona atlântica do Minho, denominado de papa lagosta, devido à sua apetência nutricional por crustáceos que conjuntamente com outras pequenas espécies piscícolas e moluscos constituem a sua alimentação. Tem o seu habitat preferido junto às rochas e praias onde as ondas rebentam.
É uma espécie caracterizada por uma pele dura como couro, contrastando com a sua carne branca de excelso sabor e de firme consistência.
Das diversas formas de o cozinhar, esta semana optámos por fazê-lo de caldeirada. O séquito veio todo dos viçosos campos de Ponte de Lima. Foram figurantes: batatas, tomates, pimentos e cebola, laureados pelos dois odorantes homónimos loureiros que povoam a paisagem do vale do Lima.

sábado, 1 de outubro de 2011

Restaurante Bocados escolhido


restaurante bocados escolhido



O restaurante Bocados voltou a ser escolhido entre os melhores restaurantes dePortugal num guia agora publicado. Com edição conjunta do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias, um roteiro dos 564melhores restaurantes de Portugal, na ótica do jornalista José Silva. Sãopropostas para se comer bem, em 564 sítios de Portugal. Muito bem organizado,por região, tipo de comida e preço, o crítico apresenta as suas propostas, num elenque com predomínio para a comida tradicional portuguesa, não deixando deespreitar o que de novo se vai fazendo por terras lusas.

sábado, 17 de setembro de 2011

Bebemos o que é nosso!

É a grande bebida deste Verão, que ainda vai alto. Muitos dos que nos visitam aceitam a nossa sugestão e em vez do tradicional gin tónico, optam por uma alternativa mais portuguesa Nesta caloraça de Setembro nada melhor para beber ao fim da tarde ou antes de uma refeição do que Porto tónico. Bebemos português, porque não há nada igual em parte alguma do mundo. E com a bandeira da grande qualidade. O vinho do Porto ou generoso do Douro( como lhe queiram chamar) é em qualquer parte do mundo uma grande bebida,seja de que maneira for.É caso para dizer: bebemos o que é nosso por que é BOM!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ao jantar o vinho oferecemos nós

Durante o mês de Setembro pode vir jantar que o vinho oferecemos nós. Para isso basta clicar em http://www.directwine.pt/ e obter um vocheurque lhe dá  uma garrafa de vinho Casa do Valle colheita branco. Partilhe este momento com quem lhe der mais prazer, na companhia de um branco de sedução.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A copo esta semana


Desde a nossa abertura que sempre facultamos a vertente de vinho a copo. Nem sempre bem aceite, fruto de uma opinião formada assente na experiência do vinho servido a copo em muitas tabernas e restaurantes que era ( e infelizmente ainda será(?)...) sempre do pior que há para servir. Bem, mas nos últimos tempos tempos, tem-se insistido muito na venda do vinho a copo, enaltecendo algumas virtudes deste negócio, entre as quais destaco e que aprovei fruto de experiência própria, que é a oportunidade de durante uma refeição experimentar vinhos diferentes.
Nesse sentido, deixamos aqui a nossa selecção a copo para esta semana. Bom proveito

sábado, 13 de agosto de 2011

Saudades da nossa comida


É bom saber que falam de nós por bons motivos. Ontem soubemos por quem nos visitou, que num avião em que viajava, proveniente da Ásia Meridional, rumo à Europa, a conversa de um pequeno grupo girava à volta de saudades da comida portuguesa. Ouvindo o nome Bocados, alguém que vem a esta casa quando está em Portugal, logo ficou atento às considerações. Mas os motivos eram os melhores: evocavam-nos como local de uma refeição de prazer e memórias. Ficamos contentes por nos trazerem notícias destas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Arroz no forno à marinheiro


Originária de Espanha, mais propriamente da região de Valência, dá-se por ela não só, espalhada por diversos cardápios das regiões da vizinha Espanha, mas também galgou fronteiras gastronómicas, aportou nos paladares das terras lusas e no outro lado do grande continente latino americano, onde agora os brasileiros (quem havia de ser?) tornaram-se mestres na recreação do prato, assente na máxima de que paella é como coração de mãe: cabe tudo e todos.

Confessamos que francamente nunca nos seduziu muito o terra/mar no mesmo prato. Daí que as preferências recaiam sobre a versão marinheira ou dos animais que se criam e caçam, não esquecendo em ambos os casos um adorno vegetal a preceito.

Falemos hoje, em tempos mais estivais, de uma variante marítima que nestes tempos mais acalorados é sempre mais apetecível. Como em Portugal, a designação da paella verteu num arroz à valenciana, cremos que também, devidos aos ajustes portugueses na sua elaboração, aqui nós tomando esta linha, e a presunção de que ninguém faz arroz em Portugal como no Minho ( David Lopes Ramos dixit) também pegamos em algumas espécies vindas do mar e apresentamos neste Verão, esta versão de um ARROZ NO FORNO À MARINHEIRO.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Embaixador Gourmet


Quem tem o privilégio de conhecer pessoalmente o embaixador Francisco Seixas da Costa, sabe quanto ele ama o nosso país e as nossa coisas. Independentemente do seu desempenho superior na carreira diplomática, como todos os grandes homens a sua forma superior de estar, pauta-se pela simplicidade e o trato fraterno com aqueles que com ele privam.
Indefectível apaixonado da gastronomia portuguesa e conhecedor profundo do que é feito por esse mundo fora nesta arte e com muita matéria escrita sobre o assunto. Conhecido por elaborar guias gastronómicos para os amigos( mas não só... acrescentamos nós) privilegia-nos agora através do seu blogue com mais um roteiro gastronómico este dedicado aos restaurantes do Minho. E, como anteriormente já o tinha referido, o agrado da sua refeição de ontem, fica bem expresso no excerto que abaixo reproduzimos:

...Em Ponte de Lima, uma bela vila que teima em não querer ser cidade, a escolha é grande. Com tempo, descubra nos arredores (porque dá algum trabalho, no caminho para a Madalena) o extraordinário Bocados (jantei lá ontem, de forma soberba!)...

Do blogue do embaixador Francisco Seixas da Costa duas ou três coisas








quarta-feira, 13 de julho de 2011

Alcachofras

A alcachofra é utilizada na culinária antes das suas inflorências abrirem. São várias as maneiras de cozinhar as bases grossas das suas folhas, os seus "fundos".

De poderes antioxidantes elevados e estimulante da actividade da vesícula biliar, fígado e aparelho digestivo, constitui paralelamente um delicioso petisco. Muitas são as maneiras de a confeccionar. Esta semana foi degustada num salteado com azeite e bacon.




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dia de Prova


Como já diversas vezes o referenciamos aos próprios, testemunhámos aqui: muito mudou, nos últimos anos a postura de quem vende vinhos na rede Horeca. E ainda bem. Hoje, no geral, aparecem-nos pessoas com conhecimentos acerca do que estão a apresentar e facultam meios de acesso a produtos e acções, que há bem pouco tempo eram coisa impensável. Ainda bem que a coisa hoje gira assim, pois quem ganha é a qualidade.
Vem isto a propósito das provas de vinho que temos vindo a partilhar. Demandemos hoje, até à Argentina, a Lujan de Cuyo, na parte central Mendoza, emblemática zona de vinhos junto aos Andes. Foi lá que em 1999 Susana Balbo, depois de ter passado largos anos ligados ao sector vínicola, decidiu avançar com o sonho da construção de uma adega própria o Domínio del Plata. É aqui, em zona semi-desértica, a mil e cem metros de altitude, onde o degelo andino serve para irrigar o vinhedo que nascem os mundialmente conhecidos Crios ("Crianças") .Nome adoptado pela expressividade de juventude, representadas na arte dos seus rótulos, com as mãos de Susana e de seus filhos. Da vasta gama da casa convocámos o Crios Syrah Bonarda , para emparceirar com uma carne vinda de terras do Barroso. E portou-se galhardamente. Na paleta de aromas,cores e sabores registamos: um vermelho intenso com nuances violáceas. Diversidade de aromas e sabores resultado da mistura das castas.Taninos ligeiramente adocicados. É uma das novas referências de vinhos estrangeiros na nossa carta.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bacalhau o rei da lusa história gastronómica


O telefone toca e levantado o auscultador, sabe bem ouvir o doce sotaque brasileiro. Do outro lado, dizem-nos que vêm a Portugal, ao Minho e que queriam comer bacalhau e outros peixes no mesmo prato. E nós fizemos jus à máxima "diga-lhe o que apetece comer, que nós fazemos"... arranjando este arroz de peixes com pataniscas de bacalhau e grelos. Para acompanhar - e em dia quente - bebeu-se um duriense Quinta da Estrada rosé, que o produtor José Lacerda arquitectou, para estes dias de maior estio.

sábado, 14 de maio de 2011

Na boa mesa juncada de grandes vinhos





Continuam muito participativas as tertúlias por nós organizadas e designadas À Mesa Com... Desta vez a parceria estabelecida com a Roquette e Cazes, trouxe até nós
Raul Riba d'Ave uma grande profissional do mundo dos vinhos, com diversa obra publicada em Portugal e no estrangeiro.
Tratou-se de um jantar vínico, em que se procurou dar a conhecer elementos fundamentais na apreciação de um vinho. Um percurso de provas iniciadas com os brancos da Casa do Valle Grande Escolha 2010 e 2009 ( 1º classificado no Painel de Prova Revista dos Vinhos) , passando pelos da Crios Torrontés da Argentina. Nos tintos e a acompanhar um timbale de lampreia, surgiu o Casa do Valle Homenagem Vinhas Velhas, estagiado doze meses em inox com aduelas. Para a parceria de um bacalhau na carcaça, surgiu um Roquette e Cazes 2007, esplendoroso de fruta e madeira.
Por fim um grande momento vínico, graças à gentileza de Raul Riba d'Ave, que da sua garrafeira privada trouxe um tesouro para que todos pudessem desfrutar: um Porto tawny, velhíssimo engarrafado em 1947, o Quinta do Junco VVV. Não se podia pedir final mais feliz.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

À mesa com... Roquette e Cazes.

O Restaurante Bocados,tem organizado desde a sua abertura um conjunto de diversos eventos. Dando continuidade a esta maneira de estar na gastronomia, vamos iniciar uma nova série chamada À Mesa com… e que será uma tertúlia, com temas muito diversificados e dos quais a seu tempo daremos notícia. Iniciaremos esta nova série com um jantar vínico e que iniciará à prova de vinhos os participantes. Assim iniciaremos, sexta-feira dia 13 de Maio, o primeiro destes encontros, designado À mesa com… Roquette e Cazes.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bocados no guia Visão


A revista Visão, publicou conjuntamente com o seu número desta semana, um guia com os 365 melhores restaurantes de Portugal. A selecção elaborada por uma equipa coordenada pelo prestigiado crítico gastronómico, Manuel Gonçalves da Silva, inclui o nosso restaurante. Mais um motivo para continuarmos a apostar na qualidade dos produtos e no afectuoso trato culinário.

Bocados no Guia Boa Cama Boa Mesa




Continuamos a ser seleccionados entre o melhor que há em Portugal. Depois de Aníbal Coutinho, voltar este ano de novo, a escolher-nos entre os restaurantes de rua com melhor carta de vinhos e da inclusão na edição de The Best Off Norte de Portugal e ainda mais recentemente numa selecção da Revista Sábado e no Guia Visão dos 365 melhores restaurantes é agora o Guia Boa Cama Boa Mesa editado pelo jornal Expresso, que nos volta a atribuir o galardão BCBM. Somos dos "resistentes" a manter a distinção já que a fúria da novidade e a apetência do público leitor para a descoberta de novos restaurante influencia muitas vezes a escolha a propor.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um dia único em qualquer altura do ano


Comer é prazer e poderá tornar-se num acto de seduzir, fazendo uma refeição especial e mais intimista. É uma das ideias para comemorar o Dia dos Namorados, que entre várias, pode levar-nos a tornar-nos irresistíveis aos olhos dessa única pessoa que tanto desejamos que nos aprecie. Para que este dia não seja igual, nós ajudamos-lhe a desenhar a ideia de um dia diferente. Propomos-lhe um lugar e uma refeição para que se sintam únicos. Pode ser nesta segunda feira, na próxima semana ou em qualquer mês ou dia do ano. Aqui fica a nossa sugestão, sem alterar a filosofia da casa. Sempre igual, sempre diferente : o Menu Bocados.
Que lhes saiba bem.






domingo, 23 de janeiro de 2011

Lampreia 2011


Abrimos esta semana a época da lampreia. Como todos os anos, as reservas vão chegando de diversos pontos do país e da vizinha Galiza. Para aqueles que apreciam esta iguaria, podem degustá-la à bordalesa ou em arroz. Mas há quem prefira a sua empada, a hóstia ou o timbale.
É destas maneiras que a pode provar connosco, até ao final de Abril.
Bom proveito