terça-feira, 26 de agosto de 2008
Vamos com DeuS
Começando pelo elegante desenho de sua garrafa de 750ml, esta cerveja de suavidade invulgar, cor clara, dourada, brilhante, efervescente e com bolhas extremamente minúsculas, coroa um trabalho da família Bosteels, que há mais de duzentos anos e sete gerações, na povoação de Buggenhout, na Flandres (Bélgica), se dedica ao fabrico artesanal de cerveja . Esta cerveja tipo Belgian Strong (Bière de Champagne), começou a ser trabalhada há poucos anos. O seu processo de fabricação é iniciado na Bélgica e posteriormente passa por um longo processo de maturação na região de Champagne, França, onde sofre a remuage e descarga, um processo para remover o fermento da garrafa conhecido por "methode de champenoise".
Em notas de prova, diremos que o seu aroma é extremamente complexo, desenvolvendo fragrâncias de maçãs frescas, hortelã, tomilho, gengibre, malte, pêras, lúpulo, pimenta-da-jamaica e cravo-da-índia. O seu sabor também é complexo, mas refrescante e delicado, não transparecendo a sua elevada graduação alcoólica (11,5%vol) . Inicialmente sente-se o seu suave contacto com a língua, para então sentir suas características de espumante. O seu final é graciosamente seco com características adstringentes. Desfrutar uma DeuS é uma experiência única, inesquecível.
Encontra-se na nossa carta de cervejas desde Julho de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Brilha como prata
Prestes a atingir o início do ponto mais alto para a sua degustação sazonal, este nobre e popular peixe que brilha na costa portuguesa, é uma iguaria muito apreciada por muitos daqueles que nos visitam. Para a sua confecção, ao sal, como vos habituamos, é necessário reserva antecipada, a fim de garantirmos a melhor qualidade do pescado.
domingo, 24 de agosto de 2008
DAR A VOLTA À FRUTA DA ÉPOCA
Não é provavelmente uma ideia inovadora, nem será a independência dos promotores da iniciativa, mas é certamente um passo na busca de alternativas ao depauperado panorama agrícola do norte de Portugal. Aqui deixamos o registo da notícia do JN de hoje.
Compotas e geleias para aproveitar fruta desperdiçada
Associação de Defesa dos Agricultores produz compota e geleia de cerca de duas dezenas de sabores
Por ANA PEIXOTO FERNANDES
Uma associação de agricultores de Monção fartou-se de ver toneladas de fruta apodrecer nas árvores do concelho e decidiu dar-lhes um destino: fazer compotas e geleias. E já está a vender além-fronteiras.
Nove mil frascos de compota e geleia, de cerca de duas dezenas de sabores diferentes e com a marca "Sabores e Tradições", entraram para o mercado no último ano pela mão da Associação de Defesa dos Agricultores de Monção (ADAM).
O primeiro lote de produto confeccionado em instalações próprias criadas na sede da associação encontra-se praticamente esgotado, e, desde há algum tempo, têm vindo a ser colhidos frutos por todo o concelho para efectuar uma nova remessa. O objectivo é, segundo o presidente da ADAM, Francisco Coelho, atingir uma produção de "30 a 40 mil frascos por ano".
"Isto resultou de uma velha ideia que tinha por andar no terreno e verificar que na terra de praticamente todos os agricultores existe uma, duas ou mais árvores de fruto, com boa capacidade produtiva e que não são alvo de qualquer tratamento, mas cuja fruta se estragava todos os anos", explica aquele responsável, referindo que a sua ideia era "dar aproveitamento a toda essa fruta e algum rendimento mais ao agricultor, transformando-a em doces regionais de primeira qualidade por ser produto puro e biológico".
Se bem o pensou melhor o fez, e com um gasto de cerca de 100 mil euros, que contou com o apoio do programa Leader, avançou há dois anos para a concretização do projecto, desde a formação de recursos humanos até à criação de uma mini-fábrica e uma loja da ADAM, para comercialização dos novos produtos. As primeiras compotas começaram a ser produzidas em Setembro de 2007 e em Dezembro, abria o estabelecimento de venda ao público.
A oferta é muito variada: compotas de maçã com passas e vinho do Porto; figo pingo de mel; figo preto; abóbora com canela; abóbora com laranja; abóbora com noz; abóbora; laranja e cenoura; kiwi; maçã com canela; laranja; framboesa; frutos silvestres; amora; mirtilo; chila; marmelo; cereja; morango; damasco; pêssego e ameixa.
Nas geleias há a de maçã e marmelo, e, entretanto, apostaram também em biscoitos de milho e manteiga.
O circuito de comercialização centra-se, por agora, no Alto Minho, mas a ADAM já está a fornecer para França através de um emigrante português, distribuidor, e para lojas gourmet em toda a Espanha.
No concelho de Monção existem, actualmente, cerca de meio milhar de agricultores, dos quais, cerca de meia centena já está a entregar a sua fruta para transformação.
sábado, 23 de agosto de 2008
Lança, lança, lança perfume...
O destacado produtor de vinhos do Alentejo, António Lança, visitou-nos esta semana jantando em ambiente de familiaridade. Desconhecendo os seus traços fisionómicos, a linguagem dos vinhos facilmente nos trouxe um clima de empatia. A degustação de um Afros loureiro, que entusiasmou este vitivinicultor e enófilo alentejano, levou-nos ao contacto com Vasco Croft seu produtorhttp://www.afros-wine.com/pt. De Lisboa, Vasco, abriu-nos as portas para uma visita no dia seguinte, pele manhã, guiada por Alberto Araújo o gestor agrícola da Quinta Casal do Paço, situada em Padreiro, Arcos de Valdevez. O desenvolvimento do projecto de agricultura biodinâmica, foi explicado de forma envolvente por este encarregado e apaixonado deste desígnio.
Dentro em breve ocorrerá uma visita à Herdade Grande, na Vidigueira.
Dentro em breve ocorrerá uma visita à Herdade Grande, na Vidigueira.
Georg Riedel em Portugal
Com a devida vénia, transcrevemos a entrevista de George Riedel a Duarte Calvão, publicada na edição de 23 de Agosto do Diário de Notícias
Georg Riedel. Ele é o representante máximo da empresa que muitos consideram fabricar os melhores copos de vinho do mundo e tem a responsabilidade de pertencer à 10.ª geração de uma família cuja história se confunde com a da Europa. Em Lisboa, mostrou como um copo pode mudar um vinho
O mago dos copos
O mago dos copos
Cerca de três séculos depois de o fundador da Riedel ter estado em Portugal, um seu descendente directo, o austríaco Georg Riedel, veio agora a Lisboa pelas mesmas razões do seu antepassado: promover a venda dos copos que a empresa da família fabrica e que são considerados o topo do topo pelos apreciadores de vinho de todo o mundo. E, para mostrar que assim é, nada melhor do que uma prova pública com os seus copos, como a que actual responsável pela Riedel, da 10.ª geração a dirigir a empresa, apresentou perante uma plateia de 150 enófilos portugueses que o ouviram atentamente no Salão Nobre do Hotel Ritz Four Seasons, em Lisboa.
"De facto, foi no final dos anos 80 e início dos 90, com a explosão do consumo de vinho no mundo, que os nossos copos ganharam o reconhecimento dos especialistas. Foi um crescimento dos vinhos de qualidade e nós sempre apostámos nesse segmento", sublinhou ao DN gente Georg Riedel, nascido em 1949, cujo antecessor, Claus (9.ª geração), foi considerado um pioneiro na descoberta de que o formato dos copos influenciava decisivamente a apreciação do vinho.
Neste momento, a Riedel tem mais de 160 formatos por tipo de vinho e/ou casta, inclusive para vinhos do Porto vintage ou tawny. Uma das razões da vinda de Georg Riedel a Portugal é a busca pelo formato ideal para vinhos touriga nacional, uma boa demonstração do prestígio que a casta bem portuguesa atingiu já a nível internacional. Para isso, criou-se um painel de prova com conceituados enólogos, escanções e críticos de vinhos portugueses, que, em breve, deverá apresentar as suas conclusões.
Mas se os copos Riedel são indiscutíveis a nível de qualidade, há duas "acusações que lhe são feitas frequentemente: a demasiada fragilidade e os preços elevados. O responsável pela empresa parece não dar muita importância às críticas: "Para serem bons, os copos têm de ter bordas finas, mas não são assim tão frágeis, desde que se lave com cuidado, porque, como é sabido, o cristal não pode ir à máquina de lavar loiça. E também temos linhas especiais para restaurantes que podem ir", afirma. Quanto a preços, segundo ele, "procuramos que o preço de um copo não ultrapasse o preço de uma garafa de vinho médio, ou seja, dez euros. Quem está disposto a comprar vinhos de qualidade, sabe que tem de pagar por ter copos que permitam apreciá-los bem".
Apesar da crise internacional, que afecta o consumo dos vinhos de qualidade e, consequentemente de acessórios como copos ou garrafas de decantação, Georg Riedel está optimista com o futuro da empresa em que trabalha desde 1973, e que, há quatro anos, comprou as concorrentes alemãs Nachtmann e a Spiegelau: "Os países asiáticos estão a descobrir o vinho e os nossos copos fazem-lhes falta..."|
"De facto, foi no final dos anos 80 e início dos 90, com a explosão do consumo de vinho no mundo, que os nossos copos ganharam o reconhecimento dos especialistas. Foi um crescimento dos vinhos de qualidade e nós sempre apostámos nesse segmento", sublinhou ao DN gente Georg Riedel, nascido em 1949, cujo antecessor, Claus (9.ª geração), foi considerado um pioneiro na descoberta de que o formato dos copos influenciava decisivamente a apreciação do vinho.
Neste momento, a Riedel tem mais de 160 formatos por tipo de vinho e/ou casta, inclusive para vinhos do Porto vintage ou tawny. Uma das razões da vinda de Georg Riedel a Portugal é a busca pelo formato ideal para vinhos touriga nacional, uma boa demonstração do prestígio que a casta bem portuguesa atingiu já a nível internacional. Para isso, criou-se um painel de prova com conceituados enólogos, escanções e críticos de vinhos portugueses, que, em breve, deverá apresentar as suas conclusões.
Mas se os copos Riedel são indiscutíveis a nível de qualidade, há duas "acusações que lhe são feitas frequentemente: a demasiada fragilidade e os preços elevados. O responsável pela empresa parece não dar muita importância às críticas: "Para serem bons, os copos têm de ter bordas finas, mas não são assim tão frágeis, desde que se lave com cuidado, porque, como é sabido, o cristal não pode ir à máquina de lavar loiça. E também temos linhas especiais para restaurantes que podem ir", afirma. Quanto a preços, segundo ele, "procuramos que o preço de um copo não ultrapasse o preço de uma garafa de vinho médio, ou seja, dez euros. Quem está disposto a comprar vinhos de qualidade, sabe que tem de pagar por ter copos que permitam apreciá-los bem".
Apesar da crise internacional, que afecta o consumo dos vinhos de qualidade e, consequentemente de acessórios como copos ou garrafas de decantação, Georg Riedel está optimista com o futuro da empresa em que trabalha desde 1973, e que, há quatro anos, comprou as concorrentes alemãs Nachtmann e a Spiegelau: "Os países asiáticos estão a descobrir o vinho e os nossos copos fazem-lhes falta..."|
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