quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Ponte de Lima - Restaurante Bocados escolhido pela crítica eno-gastronómica inglesa
É com agradável surpresa que tomamos conhecimento da escolha do nosso restaurante na selecção do melhor que há em Portugal no campo ligado à gastronomia.Depois de já referenciado pela crítica gastronómica, portuguesa, espanhola, brasileira e francesa, é a vez, agora, do Reino Unido,através do livro The wine and food lover's guide to Portugal, da autoria dos reputados especialistas britânicos no campo da eno-gastronomia, Charles Metcalf e Kathryn Mc Whirten.
Bocados é referenciado como um sítio onde a cozinha tradicional portuguesa em especial a do Minho, assume protagonismo, destacando-se a forma como é trabalhada e adequada aos dias de hoje.
A publicação com 446 páginas, capa dura e com diversos capítulos de uma organização clara e irreprensível, destina-se essencialmente ao público das ilhas britânicas.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Uma grande portuguesa
Já no Facebook, há algum tempo, o tínhamos afirmado e, aqui hoje o reafirmamos: Leonor de Sousa Bastos é uma portuguesa de grande talento. Desde das Ilhas Baleares, onde está a fazer a sua pós-graduação em alta cozinha, delicia o mundo com as suas superiores criações de doçaria.No seu blog ,aqui adicionado como link amigo,também está presente a distinta qualidade fotográfica do seu companheiro Miguel Coelho, fotográfo de arquitectura.Além disso há muita sensibilidade e cultura.Irresitivelmente doce.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
la vache qui regarde vers nous
A própria imagem da vaca que aparece em todos os Limianos foi sofrendo ligeiras alterações sobretudo no olhar. "Anteriormente, a vaca olhava para o infinito e agora olha para nós".
Paula Gomes, directora de marketing da Fromageries Bel Portugal (marca que comercializa o queijo limiano)
Público 23/09/09
Raça minhota a excelência da carne autóctone
Postal ilustrado - Azenha de Estorãos - Ponte de Lima
Feira do Gado - Ponte de Lima
A excelência da carne de raça minhota continua à nossa mesa. Agora com o viçoso tenreiro vindo das fraldas e lameiros limianos, onde entre giestas e urzes mamou e já se iniciava no pasto. Servimo-lo no bem caracerístico e tenrríssimo estufado minhoto. Vitela de raça minhota em estufado de espumante de vinho verde tinto. Um sabor de classe, no Bocados.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
O ABADE DE PRISCOS
É o pudim, mais famoso do Minho: o abade de Priscos. Um dos doces mais saborosos de Portugal. A sua génese situa-se entre o fim do século XIX e o dealbar do XX. O seu autor foi um padre, um abade da freguesia de Priscos (daí o nome), concelho de Braga. Gabado confeiteiro, o Padre Manuel Rebelo paroquiou quatro décadas em Priscos. Pastor de almas e fogões, tinha como devoção máxima, o Sagrado Coração de Jesus e a arte gastronómica. Era realmente grande cozinheiro. Um dos mais emblemáticos que o país já teve, embora nunca se tenha profissionalizado. Preparou banquetes reais e príncipescos. Políticos, diplomatas, aristocratas, intelectuais, artistas e prelados, deliciaram-se com o seu talento. Entre as veredas verdejantes do Minho, calcorreava quilómetros, com a sua maleta recheada de temperos secretos. Ninguém acedia ao seu interior, só ele próprio o fazia.
Desconhece-se o paradeiro do livro de receitas do abade de Priscos. De acordo com fontes familiares, continha as suas melhores concepções. Desaparecido misteriosamente do seu desarrumado escritório,procurou-se em arquivos, bibliotecas e alfarrabistas. Nada se encontrou. A receita do pudim só ficou conhecida, fruto de uma disputa pública e de uma convocatória de última hora para prestação de serviços culinários no Paço Episcopal de Braga. Para demonstrar a teoria de que ninguém conseguia repetir as suas criações, o abade de Priscos desafiou o cozinheiro do Paço, para um duelo de pudins, num almoço para altos dignatários da igreja. Cada um preparou o doce usando os mesmos ingredientes: toucinho fresco, gemas de ovos, açúcar e vinho do Porto. Só variaram as quantidades e alguns procedimentos. A vitória coube ao pároco.Foi aí que o padre Manuel Joaquim Machado Rebelo (1834/1930), natural de Tuiz, Vila Verde e abade de Priscos, perante a insistência de Monsehor Pereira Júnior, secretário da Câmara Eclesiástica, voltou a reafirmar os seus propósitos em recusar-se a ensinar os seus saberes da arte da cozinha. A ele como a outros mais insistentes, respondia. "Não lhe consigo dar, com as receitas, os dedos da minha mão e o meu paladar", respondia ele. O duelo acabou desvendando o segredo de uma das mais emblemáticas da doçaria portuguesa.
Hoje é uma das sobremesa mais ricas da farta mesa minhota. Atentos a isso, muitas vezes é por nós proposto, como postre escolhido do menu Bocados.
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