domingo, 23 de março de 2014




Desde o início de sua época - Janeiro - o mês primeiro, que os indefectíveis gastrónomos´apreciadores da boa lampreia marcam presença na nossa mesa. Não é a longa distância da mãe lusa, que lhes faz esquecer o inconfundível sabor do ciclóstomo Coisa que não é nova. Já nos sessenta e setenta - época de outra mobilidade nos transportes - o artesão funileiro acondicionava com a sua arte de trabalhar a folha de Flandres, lampreias temperadas que eram enviadas para aqueles que em país distante labutavam. Daí registamos ao longo da época de apreciação do prato, várias reservas que vão desde Espanha, França, Inglaterra até à distante Angola.
Passada a euforia inicial da procura em início de época, é agora vez daqueles que preferem variações com a espécie cozinhada de diferentes maneiras. Também nós gostamos de variar um pouco na sua confecção, mas levando sempre em linha de conta aquilo que nos pedem. Daí  as mui saborosas empadas feitas com diversas massas. O crocante timbale, com o seu multi-folhado dourado, envolvendo o rico estufado feito com vinho verde tinto. Bom apetite.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Bocados no top 10 em serviço de vinhos

 
 


 O nosso restaurante recebeu de novo o reconhecimento da crítica especializada. Desta vez refere-se ao serviço de vinhos, ficando nos dez melhores restaurantes do litoral norte. litoral. Um prémio que nos últimos anos temos vindo a conseguir e que agora de novo voltamos a conquistar.. A escolha coube ao reputado crítico de vinhos Aníbal Coutinho, enólogo e formador, que durante o ano vai analisando o que de melhor se faz nas várias áreas do sector vitivinícola nacional – uma selecção dos melhores W-Spots ligados à cultura do vinho de Norte a Sul do País.
 A todos aqueles que provam os vinhos que lhes propomos, aos produtores que connosco trabalham, às suas equipas de enologia e viticultura, aos distribuidores e seus representantes que nos apresentam propostas, o nosso obrigado. E prometemos sempre, procurar ir ao encontro das expectativas criadas.

domingo, 2 de março de 2014

O porco na mesa minhota


                                                                                Texto Francisco Torres Sampaio  
                                                                                                                                        Foto Luciano B 


 Por todo o Minho, a matança do porco é dia de festa rija e de azáfama por e para toda a casa. O "bichorro", medrado das lavaduras gordas, onde nunca faltou a farinha milha, a cabaça e as couves do quinteiro, está pronto para o "escochinar". Manhã cedo, após um bom "mata-bicho", o "matador" está pronto para a função. Grande é a algazarra e muitas são as ajudas, bem necessárias, pois o "condenado" é dos grandes e vai espernear "com'ó raio"...  Estendido na eira, já com as "últimas" dadas e com o sangue já devidamente acondicionado (por causa da vareja), prepara-se o "chamusco", a que se seguirá uma boa esfregadela, aprontando-se o "bicho" para o "dependuro". No dia seguinte, segue-se o "desmanchar", com a separação das respectivas carnes: as que são para o fumeiro, para as sanguinhas e para o sarrabulho e as que são da salga e que vão para a salgadeira, dando-se às restantes o destino que se pretende... Tudo, ou quase tudo do "bichorro", se aproveita! Terá nascido, exactamente no aproveitamento, quase que integral, das carnes, sangue e ossos do animal, o nome "Sarrabulho" que, cá pela nossa terra, significa, também, confusão, barafunda e, até, pancadaria...